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Correios projetam desligar 15 mil empregados e suspendem vale-natal diante de rombo bilionário

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A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) elevou para 15 mil o número de trabalhadores que pretende desligar por meio do Programa de Demissão Voluntária (PDV) entre 2026 e 2027. O corte integra o plano de reestruturação adotado para enfrentar a crise financeira da estatal.

Metas do PDV

De acordo com documentos internos, a iniciativa ocorrerá em duas fases: 10 mil demissões estão previstas para 2026 e outras 5 mil para 2027. A estimativa é economizar até R$ 1,4 bilhão por ano a partir de 2027, com retorno do investimento em cerca de nove meses, segundo projeções da própria companhia.

Corte de benefícios

Além do PDV, os Correios cancelaram o vale-natal de R$ 2,5 mil que seria pago aos empregados em 2024, conforme previa o Acordo Coletivo de Trabalho.

Busca por recursos

A estatal estuda alternativas ao empréstimo de R$ 20 bilhões negociado com bancos. No curto prazo, aguarda aporte emergencial do Tesouro Nacional entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões até 16 de dezembro, para quitar salários, 13º e fornecedores.

Revisão de unidades deficitárias

O plano de reestruturação inclui análise técnica de cerca de mil agências com baixo movimento ou custo operacional elevado, podendo resultar em fechamento ou substituição por canais alternativos, como o programa Correios AQUI.

Déficit acumulado

Entre janeiro e setembro de 2025, o prejuízo acumulado atingiu R$ 6 bilhões, quase o triplo do registrado no mesmo período de 2024 (R$ 2,1 bilhões). Apenas no primeiro semestre de 2025, as perdas somaram R$ 4,3 bilhões. Em 2024, o resultado negativo foi de R$ 2,6 bilhões, quatro vezes o déficit de 2023.

Segundo a empresa, a deterioração decorre da queda de receita, principalmente nos serviços internacionais, e do aumento das despesas operacionais e financeiras, com destaque para passivos judiciais e encargos da dívida.

Com informações de Gazeta do Povo