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Tarcísio afirma que Brasil “volta a funcionar” se houver troca de “CEO” em alusão a Lula

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou neste domingo, 16 de novembro de 2025, em publicação na rede social X, que o Brasil “volta a funcionar” caso seja feita a troca do “CEO”, referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A mensagem foi acompanhada de um vídeo gravado durante evento da G4 Valley, iniciativa da G4 Educação comandada pelo empresário Tallis Gomes. No registro, Tarcísio defende que o país deixe de ser “apenas exportador de commodities” e passe a atrair etapas de maior valor agregado da cadeia produtiva, como a fabricação de semicondutores.

Tem que demitir o CEO. Que país maravilhoso esse… Eu não posso ser simplesmente um repositório de dados nem um exportador de mais uma commodity. Tenho terras raras, posso fazer datacenter, tenho oferta de energia; parte dessa cadeia precisa vir para cá”, afirmou.

O governador também reforçou a necessidade de investir em inteligência artificial. “A I.A vai ser tudo, precisamos de mão de obra capacitada. A I.A proporcionará inclusão na saúde e ajudará a resolver o problema da segurança pública”, disse.

Contexto internacional

A fala ocorre enquanto Estados Unidos e China negociam um acordo sobre terras raras. Washington concordou em não aplicar tarifas de 100% às importações chinesas, e Pequim se dispôs a adiar o novo regime de licenciamento de exportações de minerais e ímãs essenciais. Segundo o secretário do Treasury, Scott Bessent, a expectativa é que o entendimento seja fechado até o Natal.

Em outubro, o encarregado de Negócios dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, sugeriu criar um grupo de trabalho com o governo brasileiro para cooperar em minerais críticos e estratégicos, com foco nas terras raras.

Reação do governo federal

O líder do governo na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), repudiou a declaração de Tarcísio. Ele afirmou que o governador “reproduz a lógica empresarial” ao tratar o Brasil e criticou os índices de segurança pública paulista, classificando-os como “catastróficos”.

Lindbergh também mencionou o deputado federal Guilherme Derrite (PL-SP), licenciado da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo para relatar o projeto de lei Antifacção na Câmara. Segundo o parlamentar, Derrite teria ido a Brasília para “sabotar” a proposta, “enfraquecer a Polícia Federal” e “blindar facções”.

Tarcísio tem um histórico perigoso… O privatista quer vender o Brasil”, declarou Lindbergh, citando episódios anteriores envolvendo o governador.

Até o momento, não houve nova manifestação de Tarcísio sobre as críticas.

Com informações de Gazeta do Povo