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Após veto à Ficha Limpa, Lula exalta produtividade do Congresso em cerimônia no Planalto

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elogiou nesta terça-feira (30) o desempenho do Congresso Nacional, um dia após vetar parcialmente o projeto que flexibilizava prazos de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa. A declaração ocorreu durante cerimônia no Palácio do Planalto que oficializou a sanção de cinco projetos de lei, entre eles o novo Plano Safra e ajustes no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), Lula afirmou que “raramente um Congresso vota tantos projetos em tão pouco tempo” e ressaltou que, apesar de divergências pontuais, a Casa “aprovou tudo o que precisávamos que fosse votado”. O chefe do Executivo também agradeceu à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, pela articulação com parlamentares.

Motta devolveu o afago dizendo que o Legislativo “é amigo do povo” e destacou que os deputados aprovaram as cinco matérias enviadas pelo governo “em apenas alguns dias”, demonstrando, segundo ele, compromisso com políticas que beneficiam a parcela mais vulnerável da população.

Tensão recente

Os elogios contrastam com atritos registrados nas últimas semanas entre Executivo e Legislativo. Na semana anterior, Lula classificou como “equívoco histórico” e “vergonha nacional” a PEC da Imunidade, aprovada na Câmara, que buscava limitar processos contra parlamentares. A proposta foi arquivada no Senado após forte reação de diversos setores.

O veto parcial às mudanças na Ficha Limpa também elevou a temperatura na relação com congressistas. O texto aprovado pelo Legislativo alterava prazos de inelegibilidade de políticos condenados, mas o Palácio do Planalto suprimiu os pontos considerados mais polêmicos diante da repercussão negativa.

Apesar das rusgas, Lula afirmou ver um “período de cooperação sem precedentes” entre os Poderes e assegurou que seguirá dialogando com Câmara e Senado para avançar em projetos de interesse do governo.

Com informações de Gazeta do Povo