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Relatório da PF descarta coação ao STF e obstrução de investigação por Carla Zambelli

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Brasília – A Polícia Federal concluiu que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) não praticou crimes de coação contra o Supremo Tribunal Federal (STF) nem tentou atrapalhar investigações ao deixar o Brasil rumo à Itália. O parecer final foi encaminhado na sexta-feira (19) ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes.

A investigação foi aberta em junho de 2025, logo após a parlamentar anunciar que havia saído do país. À época, Moraes suspeitou que a viagem buscava impedir o cumprimento de ordem de prisão já expedida contra ela e determinou que a PF monitorasse as redes sociais ligadas à deputada.

No relatório, a PF afirma que as manifestações de Zambelli “não ultrapassaram o campo da retórica”. Segundo os investigadores, as publicações se limitaram a opiniões em redes sociais, principalmente em apoio à política tributária norte-americana, sem impacto prático sobre as ações penais em curso no Brasil.

O documento destaca que, embora Zambelli tenha declarado intenção de permanecer na Itália para adotar medidas semelhantes às imputadas ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos, “tal desígnio não se concretizou em ações efetivas”. Não foram encontrados indícios de contatos ou articulações para comprometer o andamento dos processos.

Com perfis pessoais bloqueados por ordem de Moraes em 4 de junho de 2025, a deputada utilizou contas de terceiros para continuar publicando conteúdo. Ela chegou a dizer que transferiria a administração de suas redes para a mãe, Rita Zambelli. A parlamentar foi presa pela polícia italiana em 29 de julho.

Arrecadação via Pix

A PF também examinou a campanha de doações organizada por Zambelli. Entre 8 de maio e 5 de junho, foram identificadas 88 transferências iguais ou superiores a R$ 500. Os maiores valores, de R$ 5 mil, partiram de pessoas físicas e jurídicas, entre elas o empresário Luciano Hang, que efetuou depósito em 20 de maio. No período de 8 a 24 de maio, a movimentação nas contas da deputada somou R$ 336 mil.

Zambelli já havia sido condenada a 10 anos de prisão, à perda do mandato e ao pagamento de multa de R$ 2 milhões por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A deputada nega irregularidades.

Com informações de Gazeta do Povo