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Pesquisa mostra estabilidade na religiosidade dos EUA sem indícios de renascimento entre jovens

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Uma análise do Pew Research Center indica que, após décadas de queda, a religiosidade nos Estados Unidos entrou em um período de estabilidade desde 2020, mas sem sinais de um reavivamento entre jovens adultos.

Os principais indicadores — afiliação confessional, oração diária, importância atribuída à fé e frequência a cultos — permaneceram praticamente inalterados nos últimos quatro anos. As pesquisas apontam que cerca de 70% dos adultos norte-americanos afirmam pertencer a alguma religião, proporção que não apresenta tendência de alta ou baixa nesse intervalo.

Juventude continua menos religiosa

Embora comentaristas sugiram um possível retorno dos jovens à religião, o Pew não detecta evidências de um movimento amplo nessa direção. Em média, os jovens adultos seguem significativamente menos religiosos que as faixas etárias mais avançadas e também menos que os jovens de dez anos atrás.

Na Pesquisa Nacional de Opinião Pública de 2025, 59% dos adultos mais velhos declararam orar diariamente, contra 30% dos nascidos entre 1995 e 2002. Quanto à participação em cultos ao menos uma vez por mês, o índice foi de 43% entre os mais velhos e 26% entre os jovens da mesma geração.

Mudanças de gênero

O Religious Landscape Study 202324 revela que a diferença de religiosidade entre homens e mulheres diminuiu entre os mais jovens: 57% das mulheres de 18 a 24 anos se consideram religiosas, ante 58% dos homens. O Pew atribui essa aproximação principalmente à queda na religiosidade feminina, não a um aumento entre os homens.

Oscilações geracionais

Os dados também sugerem que adultos nascidos entre 2003 e 2006 apresentam taxa ligeiramente maior de frequência mensal a cultos (30%) do que aqueles nascidos entre 1995 e 2002 (24%). O instituto, porém, lembra que padrões semelhantes já ocorreram e costumam desaparecer conforme as gerações envelhecem e deixam a casa dos pais.

Para os pesquisadores, a estabilidade atual contrasta com o declínio observado em décadas anteriores, associado à substituição geracional — gerações mais velhas tendem a ser mais religiosas e, conforme saem de cena, são substituídas por grupos menos ligados à fé.

Com informações de Folha Gospel