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Câmara bloqueia salário de Alexandre Ramagem após ordem do STF

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A Câmara dos Deputados suspendeu o pagamento do salário bruto de R$ 46,3 mil e da cota parlamentar do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). A medida foi adotada na semana passada, depois que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concluiu o processo que resultou na condenação do parlamentar a 16 anos de prisão por envolvimento em tentativa de golpe de Estado.

Ramagem está nos Estados Unidos desde setembro de 2025 e é considerado foragido pela Justiça brasileira. Mesmo sem comparecer ao Congresso, ele vinha recebendo integralmente as verbas parlamentares.

Bloqueios anteriores

Antes de Ramagem, a Câmara já havia interrompido os salários de dois outros deputados do PL que também deixaram o país: Carla Zambelli (PL-SP), em junho, e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em julho. Zambelli foi condenada pelo STF pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e por perseguição armada a um homem na véspera do segundo turno das eleições de 2022. Ela está presa na Itália e aguarda decisão sobre extradição. Eduardo, réu por supostamente articular sanções do governo Donald Trump contra autoridades brasileiras, encontra-se nos Estados Unidos desde março.

Gabinetes seguem ativos

Apesar do corte nos salários, os gabinetes dos três parlamentares continuam funcionando. Em outubro de 2025, as despesas com servidores chegaram a R$ 133,1 mil no gabinete de Ramagem, R$ 132,3 mil no de Eduardo Bolsonaro e R$ 132,8 mil no de Carla Zambelli. A Câmara autoriza até 25 secretários parlamentares por mandato, pagos com verba pública.

Perda de mandato em análise

O STF determinou que a Mesa Diretora da Câmara declare a perda dos mandatos de Ramagem e Zambelli. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda não definiu o procedimento para cumprir a decisão. Parlamentares aliados ao governo também protocolaram pedidos de cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro.

Na semana passada, Motta proibiu a participação em atividades legislativas de deputados que estejam fora do país sem autorização prévia da Câmara.

Com informações de Gazeta do Povo