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Zema afirma que apoio de Eduardo Bolsonaro à tarifa de Trump prejudicou a direita

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Brasília – O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), declarou nesta segunda-feira (21) que o aval dado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao pacote tarifário adotado pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump criou um “problema para a direita” brasileira.

A crítica veio no mesmo dia em que o parlamentar afirmou ter pedido apenas sanções pessoais ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e disse ter sido surpreendido com a adoção de tarifas mais amplas contra produtos brasileiros.

Críticas a Trump e a Lula

Zema condenou a condução da crise comercial entre Brasil e Estados Unidos por ambos os governos. Segundo ele, Trump cometeu um equívoco ao penalizar o país inteiro:

“Houve, em minha opinião, um erro injustificável do presidente Trump de penalizar o país. A posição adotada pelo filho do ex-presidente também não foi a mais correta e acabou causando um problema para a direita”, afirmou ao jornal Estadão.

O governador mineiro acrescentou que, apesar de enxergar falhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que, na Cúpula do Brics, criticou publicamente os EUA e se aproximou de governos considerados antiamericanos, como Cuba e Irã –, a resposta norte-americana deveria ter sido “mais pontual” e discutida em reunião privada.

Saída diplomática e foco na indústria

Zema defendeu articulação conjunta entre indústria e diplomacia para superar o impasse. Ele citou como exemplo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem buscado diálogo com federações de indústrias e representantes dos EUA.

“Sei que já houve reuniões com a diplomacia brasileira e o governo, e é preciso fazer uma força-tarefa”, disse.

Alvos das sanções

Para o governador, eventuais retaliações deveriam recair sobre o governo federal, não sobre setores produtivos. Ele lembrou que as tarifas afetam cadeias relevantes da economia, como a indústria aeronáutica, o suco de laranja e o café.

“Se há discordância com o posicionamento do governo brasileiro, que haja ação para retaliar o governo e não o país, que são entidades distintas”, concluiu.

Com informações de Gazeta do Povo

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