A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), detida desde 29 de julho no presídio feminino de Rebibbia, em Roma, divulgou nesta quarta-feira (6) uma carta escrita à mão na qual afirma que “nenhum ditador nos colocará de joelhos”. O texto foi publicado nos perfis de Instagram do filho, João Zambelli, da mãe, Rita Zambelli, e do advogado Fabio Pagnozzi, mas permaneceu no ar por cerca de uma hora antes de ser removido.
Endereçada a “brasileiros de todo o mundo”, a carta exalta a liberdade como “o maior presente” e descreve a vida como “um grande milagre”. Zambelli diz manter “fé e cabeça erguida” e declara ter “consciência tranquila de alguém inocente”. A mensagem termina com o versículo bíblico “Tudo posso naquele que me fortalece”.
Detenção e processo de extradição
Zambelli está presa em Rebibbia junto a outras 368 mulheres. Ela foi localizada em um apartamento no bairro Aurélio, na capital italiana, e capturada em 29 de julho, após quase dois meses foragida da Justiça brasileira. Antes de ser transferida para a penitenciária, passou por audiência de custódia.
Em 1º de agosto, a Corte de Apelação de Roma decidiu manter a parlamentar sob custódia enquanto tramita o pedido de extradição encaminhado pelo Brasil, procedimento que, segundo especialistas, pode levar de um a dois anos.
Ordem de prisão no Brasil
A prisão preventiva da deputada foi determinada em junho pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão fixou multa diária de R$ 50 mil caso Zambelli divulgasse mensagens em redes sociais própria ou por intermédio de terceiros, além de prever a perda do mandato e uma pena de 10 anos de reclusão em regime fechado. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), já foi notificado sobre a cassação.
Desde então, a defesa tenta reverter a prisão e impedir a extradição, enquanto a parlamentar afirma enfrentar o processo “com força e coragem”.
Com informações de Direita Online