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Acidente grave faz homem perder 70% da massa encefálica, superar vícios e voltar a andar

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Cascavel (PR) — A história de Maria Paula de Sousa Mello e do marido, José Gabriel de Mello, ganhou novos contornos depois de um acidente de trânsito que retirou 70% da massa encefálica dele, mas também o libertou do alcoolismo e da dependência química.

O casal se conheceu em Brejo Santo, interior do Ceará, começou a namorar em 1991 e se casou no ano seguinte. Logo após o nascimento da primeira filha, Monique, eles se mudaram para o Paraná. Nos anos seguintes, José tornou-se alcoólatra e usuário de drogas, situação que trouxe violência doméstica e dificuldades financeiras.

Convertida à fé cristã, Maria Paula passou a frequentar uma igreja e a orar pela mudança do esposo. O pedido específico, segundo ela, era que Deus se manifestasse na vida de José.

Acidente e coma

O acidente ocorreu quando José tinha 35 anos. Levado ao Hospital Universitário de Cascavel, ele ficou 27 dias em coma induzido, sofreu três paradas cardíacas e recebeu diagnóstico considerado irreversível pelos médicos: cerca de 70% do tecido cerebral havia sido perdido.

Mesmo com a gravidade, José acordou. As sequelas incluíram perda de audição em um dos ouvidos e paralisia em metade do corpo. Os médicos alertaram que ele poderia não voltar a andar.

Superação e abandono dos vícios

Durante a recuperação, familiares e equipe médica notaram que o alcoolismo e o uso de drogas haviam cessado. Após três anos de fisioterapia, José contrariou os prognósticos: voltou a caminhar, pedalar e dirigir.

Com apoio da igreja, passou a estudar a Bíblia e, pouco tempo depois, foi batizado junto com o filho do casal.

Novo desafio com o filho

Gabriel Henriky de Souza Melo, filho de José e Maria, envolveu-se com drogas aos 13 anos, após deixar de frequentar a igreja. Maria voltou a recorrer à oração enquanto enfrentava visitas da polícia e buscas do rapaz em pontos de tráfico.

Em 2016, o próprio Gabriel pediu internação em uma clínica de recuperação. Membros da igreja organizaram visitas e arrecadaram recursos por cerca de dez meses para custear o tratamento, que resultou na reabilitação do jovem.

Hoje, Maria Paula resume a trajetória da família como marcada por dificuldades, mas também por novas oportunidades após cada crise.

Com informações de Guiame