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União registra recorde de R$ 579,3 milhões em aluguel de veículos no primeiro semestre de 2025

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Os gastos do governo federal com locação de veículos alcançaram R$ 579,3 milhões entre janeiro e junho de 2025, período que corresponde ao terceiro ano do atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se do valor mais alto para um primeiro semestre desde o início da série histórica do Tesouro Nacional, em 2011.

Na comparação com o mesmo intervalo de 2024, quando as despesas somaram R$ 386 milhões, houve aumento real de 50,1%, já descontada a inflação. Somando apenas os primeiros semestres de 2023, 2024 e 2025, o desembolso total chega a R$ 1,3 bilhão.

O montante supera em 15,9% o gasto registrado nos primeiros semestres de 2019 a 2022, durante o governo Jair Bolsonaro, que fechou aquele quadriênio com R$ 1,1 bilhão em alugueis de veículos. Os dados foram compilados pelo portal Poder360 a partir do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi).

Oscilações ao longo dos anos

O histórico do Tesouro mostra variações significativas nas despesas. Durante a pandemia de covid-19, a redução de deslocamentos provocou queda de 29,6% no primeiro semestre de 2021, para R$ 221,3 milhões, frente aos R$ 314,4 milhões do mesmo período de 2020. Em 2022, os valores voltaram a subir e atingiram R$ 279,9 milhões, alta de 26,5% em relação ao ano anterior.

O relatório não especifica quais órgãos ou programas concentraram a expansão dos gastos em 2025, apenas indica que o avanço foi generalizado entre as pastas.

Viagens presidenciais

Registros oficiais apontam ainda R$ 144,4 mil em quartos extras para a equipe presidencial, R$ 76,4 mil para acomodar a tripulação do voo e R$ 38,8 mil com intérpretes. O então ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, utilizou intérprete próprio, contratado a R$ 4 mil por dia. Com novas notas fiscais incluídas, o custo total da viagem à capital francesa já ultrapassa R$ 2,4 milhões.

Desde janeiro de 2023, as viagens internacionais do presidente consumiram mais de R$ 50 milhões, dos quais R$ 47 milhões em hospedagem e R$ 3,35 milhões em logística, como aluguel de equipamentos e veículos. Os valores referentes às viagens à França e à China não entram nessa conta, assim como as diárias pagas aos membros da equipe.

Não há, até o momento, detalhamento oficial sobre eventuais medidas para conter as despesas com locação de veículos.

Com informações de Revista Oeste