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STF remete inquérito sobre respiradores na gestão Rui Costa ao STJ

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O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o envio ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) do inquérito que apura suspeitas de irregularidades na compra de respiradores pelo então governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A decisão, tomada nesta quinta-feira (7/8/2025), atende a manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que apontou indícios de crime e solicitou a retomada das investigações na Corte superior.

Contrato de R$ 48 milhões sem entrega

O caso envolve um contrato firmado em 2020, durante o auge da pandemia de Covid-19, por meio do Consórcio Nordeste. A empresa contratada recebeu R$ 48 milhões antecipadamente, mas nunca entregou os equipamentos. O prejuízo permanece sem ressarcimento.

Na petição remetida ao STF, Gonet destacou que Rui Costa “assinou contrato com pagamento integral antecipado e sem garantias ao ente público”.

Discussão sobre foro

Para a Procuradoria-Geral da República, o processo deve permanecer no STJ porque os fatos investigados ocorreram quando Rui Costa exercia o mandato de governador. O novo entendimento do STF sobre prerrogativa de foro estabelece que crimes supostamente praticados no cargo de chefe do Executivo estadual continuem na Corte superior, mesmo que o investigado tenha mudado de função.

A investigação já tramitou no STJ sob relatoria do ministro Og Fernandes. Após o término do mandato de Costa, o caso foi enviado à primeira instância da Justiça Federal na Bahia e, posteriormente, ao próprio STF, onde estava parado desde maio deste ano.

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Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom via gazetadopovo.com.br

Posicionamento da Casa Civil

Em nota, a assessoria de Rui Costa afirmou que a defesa havia pedido o declínio de competência para o STJ antes mesmo da decisão de Dino. Segundo o comunicado, o novo parecer da PGR “não traz qualquer elemento acusatório” contra o ex-governador e reforça a tese de que não há fato que o vincule a irregularidades.

Com a remessa determinada, o processo volta ao STJ, onde deverá ser retomado sob responsabilidade do ministro Og Fernandes.

Com informações de Gazeta do Povo