Neste domingo, 10, Dia dos Pais, o Supremo Tribunal Federal (STF) utilizou seus perfis nas redes sociais para homenagear “homens em relação homoafetiva”. A postagem destacou que esses homens podem ser pais biológicos, adotivos ou socioafetivos.
O texto publicado no Instagram lembrou a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, julgamento de 2011 no qual a Corte reconheceu a união homoafetiva como núcleo familiar. A decisão garantiu a casais homoafetivos os mesmos direitos previstos para uniões estáveis entre homens e mulheres, incluindo a possibilidade de adoção.
A homenagem gerou reações críticas na seção de comentários. Alguns usuários ironizaram a publicação mencionando supostas vítimas de decisões do ministro Alexandre de Moraes. Um perfil desejou “um excelente Dia dos Pais a todas as vítimas e perseguidos políticos” do magistrado, enquanto outro afirmou que “as filhas do Clezão, infelizmente, não terão o que comemorar”.
A referência diz respeito ao empresário Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, preso por suspeita de envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023. Segundo relatos, ele sofreu um mal súbito e morreu em 20 de novembro de 2023, durante banho de sol na Penitenciária da Papuda, após pedidos de liberdade negados pelo ministro.
Outros comentários acusaram o STF de “destruir o Brasil” e questionaram o significado de ser pai. Em pelo menos uma mensagem, aparece o aviso: “Comentário removido por determinação do ministro Alexandre de Moraes”.
No X (antigo Twitter), internautas também citaram o caso de Cleriston ao comentar a postagem, afirmando que ele “não está mais entre suas filhas por causa do autoritarismo de um ministro da Suprema Corte”.
A publicação do STF permanece disponível nas redes sociais, acompanhada de um vídeo que reforça o reconhecimento da paternidade em diferentes composições familiares.
Com informações de Revista Oeste
