O Senado norte-americano confirmou nesta terça-feira (30) o ex-advogado de Donald Trump, Emil Bove, para ocupar um cargo vitalício no Tribunal de Apelações do 3º Circuito, responsável por processos originados em Delaware, Nova Jersey e Pensilvânia.
A indicação foi aprovada por 50 votos a 49. As republicanas Lisa Murkowski (Alasca) e Susan Collins (Maine) se uniram aos democratas contra a nomeação. Críticos destacaram a postura de Bove durante investigação de corrupção envolvendo o prefeito de Nova York, Eric Adams, caso que ele arquivou quando era alto funcionário do Departamento de Justiça (DoJ).
Os opositores também questionaram o trabalho de Bove na apuração interna contra agentes do DoJ ligados às denúncias contra centenas de apoiadores de Trump pelo ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Na época, ele classificou agentes do FBI como “insubordinados” por não divulgarem nomes de envolvidos.
Trajetória
Ex-promotor federal no Distrito Sul de Nova York, Bove integrou a equipe de defesa de Trump no julgamento criminal que resultou na condenação do ex-presidente, em 2024, por 34 acusações de fraude contábil relacionadas ao pagamento de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels. Ele também participou da defesa em outras duas ações criminais federais.
Desde o início do segundo mandato de Trump, o advogado atua como procurador-geral adjunto principal no DoJ. Aos 44 anos, negou durante a audiência de confirmação qualquer vínculo de lealdade pessoal ao presidente, refutando a acusação do senador democrata Dick Durbin de que seria um “capanga” da Casa Branca.
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O presidente do Comitê Judiciário, republicano Chuck Grassley, defendeu a escolha, afirmando que Bove “tem sólida formação jurídica e serviu o país com honra”.
Com a confirmação, Bove assume um dos cargos mais influentes do Judiciário federal, onde os magistrados têm mandato vitalício.
Com informações de Gazeta do Povo
