Manifestantes se reuniram neste domingo, 3 de agosto de 2025, em diversas capitais do país para exigir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os atos concentraram grandes públicos em locais simbólicos, como a avenida Paulista, em São Paulo; a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro; e a Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Faixas, camisetas verde-amarelas e cartazes de agradecimento ao ex-presidente norte-americano Donald Trump deram o tom das manifestações, consideradas uma das maiores mobilizações da oposição em 2025.
Segundo organizadores, a pauta ganhou força após duas recentes medidas internacionais: o aumento de tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações brasileiras e a sanção aplicada a Moraes sob a Lei Magnitsky, que permite punições a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos.
Presenças políticas
Em São Paulo, a multidão ocupou a avenida Paulista com discursos em carros de som e agradecimentos ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), apontado como interlocutor do movimento junto a Trump.
No Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro (PL) falou ao público em Copacabana, seguido pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Na capital federal, participantes lembraram a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Outras lideranças políticas também apareceram nos protestos: o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que cobrou dos presidentes da Câmara e do Senado apoio à anistia; o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), em Goiânia; e Michelle Bolsonaro, que liderou um ato “Fora Moraes” em Belém, no Pará.

Imagem: Rafael Fantin via gazetadopovo.com.br
Placas e faixas críticas ao STF foram vistas em diversas cidades, reforçando a pressão sobre o tribunal e sobre o governo federal. Até o início da noite não havia registro de confrontos significativos, e a Polícia Militar acompanhou os atos de forma ostensiva.
As manifestações ocorrem três dias depois de parlamentares protocolarem novos pedidos de impeachment contra Moraes e Lula no Congresso Nacional. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda não se pronunciou sobre a análise dos pedidos.
Com informações de Gazeta do Povo