Little Rock (Arkansas) – O procurador-geral do Arkansas, Tim Griffin, anunciou que o Ministério Público estadual abriu investigação contra a associação Return to the Land (RTTL), responsável por desenvolver desde 2023 uma comunidade exclusiva para pessoas brancas no norte do estado.
Em nota divulgada na segunda-feira (28), Griffin afirmou que “a discriminação racial não tem lugar no Arkansas nem em qualquer sociedade livre” e que as denúncias contra o grupo levantam “diversas questões jurídicas, inclusive constitucionais”.
Associação veta judeus e não brancos
A RTTL se apresenta como uma entidade privada. O processo de adesão exige comprovação de ascendência europeia, excluindo judeus e demais não brancos. “Os brancos deveriam ter a possibilidade de viver entre seu próprio povo, se assim desejarem”, declarou o cofundador Eric Orwoll ao portal Ozarks First na semana passada.
Segundo Orwoll, além da base no Arkansas, a organização pretende expandir projetos semelhantes para Springfield, no Missouri, e para outros estados norte-americanos.
Pressão de entidades de direitos civis
A Liga Antidifamação (ADL) pediu, por meio de comunicado publicado neste mês na rede X, que o governo estadual declare a iniciativa ilegal com base na Lei de Moradia Justa do Arkansas, na Lei Federal de Moradia Justa de 1968 e em outras legislações de direitos civis. “Instamos as autoridades a agirem rapidamente para garantir que o nordeste do Arkansas continue sendo uma comunidade acolhedora e inclusiva”, disse Lindsay Baach Friedmann, diretora regional da ADL para o Centro-Sul.

Imagem: Uacescomm via gazetadopovo.com.br
O gabinete do procurador-geral não divulgou prazo para conclusão da análise nem detalhes sobre possíveis medidas legais. A RTTL, até o momento, não comentou publicamente a investigação.
Com informações de Gazeta do Povo