Roma (Itália) – A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa desde julho no presídio feminino de Rebibbia, em Roma, foi alvo de pelo menos duas agressões cometidas por outras detentas, de acordo com o senador Magno Malta (PL-ES).
O parlamentar revelou os episódios durante o Culto Grande Clamor pelo Brasil, realizado na segunda-feira (22). Na ocasião, Malta disse que a ex-parlamentar “já tinha apanhado três vezes”, mas depois ajustou a informação para dois ataques em entrevista ao jornal Estadão.
Zambelli aguarda decisão sobre extradição para o Brasil após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal a dez anos de prisão. O STF a considerou envolvida em suposto plano para invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto.
Violência confirmada pela defesa
O advogado Fábio Pagnozzi confirmou que ocorreram agressões físicas, mas afirmou que não houve registro formal às autoridades italianas. Segundo ele, a troca constante de detentas na cela gerou atritos: “Algumas a estranhavam”, disse.
A defesa relatou que uma presa mais antiga chegou a proteger Zambelli, mas foi transferida para outra unidade, o que aumentou a sensação de insegurança. Após solicitações da equipe jurídica, a ex-deputada foi realocada para outra cela e também para outro andar do presídio.
Visita de parlamentares
As agressões ocorreram antes de uma visita de senadores brasileiros a Rebibbia, em setembro. Participaram da comitiva, além de Magno Malta, os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Damares Alves (Republicanos-DF) e Eduardo Girão (Novo-CE). Nenhum deles mencionou publicamente violência física na ocasião.
De acordo com Malta, Zambelli não apresentou ferimentos visíveis. Vídeos gravados durante a visita mostraram a ex-deputada abatida, relatando tristeza, saudade da família e sensação de abandono.
Com informações de Gazeta do Povo