O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou o arquivamento do inquérito administrativo que investigava declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre o sistema eletrônico de votação. A decisão foi tomada após a Corte concluir que não há novos elementos capazes de justificar a continuidade da apuração na esfera eleitoral.
O procedimento havia sido instaurado em 2021, poucos dias depois de uma transmissão ao vivo realizada no Palácio do Planalto, na qual Bolsonaro questionou a segurança das urnas eletrônicas. Na ocasião, o então corregedor-geral do TSE, ministro Luis Felipe Salomão, entendeu que as falas poderiam configurar conduta criminosa e solicitou a abertura do inquérito.
Durante as investigações, o TSE conduziu diligências em parceria com a Polícia Federal, a Secretaria de Tecnologia da Informação do tribunal e empresas responsáveis por plataformas digitais onde o conteúdo circulava. Também foram analisados indícios de uso da estrutura da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para veicular a live, manifestações de 7 de Setembro e possível emprego de recursos públicos em motociatas. Esses pontos foram remetidos a processos separados na Justiça especializada.
Com o prazo para novas ações eleitorais já esgotado, a atual corregedora-geral do TSE, ministra Isabel Galloti, concluiu que o prosseguimento do inquérito se tornou inútil e ordenou seu arquivamento. Ela também autorizou a liberação dos valores que estavam bloqueados em conta judicial vinculada ao caso, desde que não existam restrições em outras ações.
O encerramento põe fim a uma das investigações mais antigas envolvendo as críticas de Jair Bolsonaro ao sistema de votação eletrônico, assunto que marcou sua relação com o Judiciário no período pré-eleitoral de 2022.
Com informações de Direita Online
