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Transparência Internacional reage a Gilmar Mendes e denuncia “ataque virulento”

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Brasília – A Transparência Internacional (TI) divulgou nota oficial nesta terça-feira (21) em que repudia o que chamou de “ataque virulento” do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante sessão da Corte em 15 de outubro, Mendes afirmou que a organização seria “cúmplice” da força-tarefa da Lava Jato em supostos abusos cometidos no sistema penal brasileiro.

No documento, a TI sustenta que “todas as alegações” sobre eventual recebimento ou gerenciamento de recursos provenientes de acordos de leniência no país “já foram categoricamente e repetidamente refutadas”, inclusive por órgãos como o Ministério Público Federal, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e, mais recentemente, o Tribunal de Contas da União (TCU).

Declaração do presidente da entidade

O presidente da Transparência Internacional, François Valérian, afirmou na nota que “tentativas de intimidar ou desacreditar aqueles que combatem a corrupção apenas fortalecem nossa determinação de defender a transparência, a justiça e a responsabilização no Brasil e em todo o mundo”.

Investigações em curso

Em 2024, o ministro Dias Toffoli, também do STF, determinou a abertura de investigação contra a TI a partir de processo remetido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A iniciativa teve origem em representação do deputado federal Rui Falcão (PT-SP), que acusa a organização de receber recursos públicos oriundos da operação Lava Jato.

A Transparência Internacional nega qualquer irregularidade e atribui as suspeitas a “informações falsas” divulgadas desde 2018. A PGR solicitou o arquivamento do inquérito em outubro de 2024 e reiterou o pedido em janeiro de 2025, mas o procedimento permanece em andamento no STF.

No comunicado desta terça, a entidade também critica a manutenção da investigação, apontando ausência de provas e citando referência feita ao caso pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em relatório sobre defensores de direitos humanos nas Américas.

Com informações de Gazeta do Povo