O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a deixar aberta a possibilidade de disputar a Presidência da República em 2026. Durante o Fórum de Investimentos Bradesco Asset, realizado na capital paulista na quarta-feira, 12 de novembro, o ex-ministro da Infraestrutura afirmou que a direita pretende apresentar um “projeto para o Brasil” na próxima eleição.
Diante de analistas e executivos do mercado financeiro, Tarcísio disse que o êxito eleitoral dependerá mais de uma “equipe apaixonada pelo país” do que do nome que liderará a chapa. Ele defendeu como prioridades de um eventual plano nacional o ajuste fiscal e reformas estruturais, além de reiterar a necessidade de previsibilidade econômica.
O governador citou o Trem Intercidades Campinas–São Paulo, obra estimada em R$ 14 bilhões, como exemplo de investimento sem retorno político imediato, mas essencial para o desenvolvimento. Em outros eventos, Tarcísio vem chamando seu conjunto de propostas para equilibrar as contas públicas e acelerar o crescimento de “40 anos em quatro”, numa referência ao slogan de Juscelino Kubitschek.
Flávio Bolsonaro prega unidade da direita
Enquanto Tarcísio evita assumir publicamente a condição de pré-candidato, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reforçou o discurso de união do campo conservador. Na sexta-feira, 14 de novembro, ele publicou nas redes sociais uma foto ao lado do governador e declarou que os dois estarão “juntos em qualquer cenário” ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue inelegível e foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por suposta tentativa de golpe.
Flávio, eleito em 2018, precisará buscar a reeleição ao Senado em 2026 caso queira permanecer no mandato, condição que o impediria de concorrer ao Palácio do Planalto sem renunciar. Já Tarcísio pode optar pela reeleição em São Paulo, caminho considerado menos arriscado em razão de sua popularidade e da ausência, até o momento, de adversários competitivos.
No grupo conservador, aliados de Jair Bolsonaro ainda se dividem: parte vê vantagem no sobrenome do senador, enquanto outra parcela considera Tarcísio mais apto a atrair apoios de centro-direita e ampliar a competitividade eleitoral em 2026.
Com informações de Gazeta do Povo