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Tarcísio afirma não ver interesse público na divulgação de mensagens entre Bolsonaro e Eduardo

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou nesta quinta-feira (21) que considera inexistente o interesse público na divulgação das mensagens privadas trocadas entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), tornadas públicas pela Polícia Federal na véspera.

Durante evento em Marília (SP), o chefe do Executivo paulista classificou a conversa como “questão de pai para filho” e questionou o motivo da exposição do conteúdo. “É uma conversa privada de pai para filho, é uma questão que só interessa aos dois e eu não sei nem por que essas conversas foram divulgadas”, afirmou.

As mensagens fazem parte do inquérito que resultou no indiciamento de Jair Bolsonaro e de Eduardo Bolsonaro pelo crime de coação no curso do processo relativo à suposta tentativa de golpe de Estado. Segundo relatório da Polícia Federal, o ex-presidente teria planejado fugir do país para evitar a aplicação da lei penal.

Preocupação com investigações

Sem criticar diretamente o indiciamento, Tarcísio disse estar preocupado com a abertura de investigações contra pessoas “simplesmente por fazerem críticas”. Ele reiterou a lealdade ao ex-presidente e questionou os rumos das ações judiciais. “Às vezes, eu vejo que isso não faz sentido. Então, onde é que a gente quer chegar com isso, onde é que o Brasil vai parar?”, disse.

Detalhes do inquérito

No âmbito da investigação, a Polícia Federal afirma ter encontrado em celular apreendido de Jair Bolsonaro uma minuta de pedido de asilo político ao presidente argentino Javier Milei. A corporação também acusa o ex-mandatário de violar medidas cautelares impostas em julho pelo ministro Alexandre de Moraes, que lhe proibiram o uso de redes sociais e o contato com outros investigados.

Tarcísio afirma não ver interesse público na divulgação de mensagens entre Bolsonaro e Eduardo - Imagem do artigo original

Imagem: Isaac Fontana via gazetadopovo.com.br

De acordo com o relatório, Bolsonaro teria ativado um novo aparelho após a apreensão do anterior e intensificado a difusão de mensagens por intermédio de terceiros, supostamente para driblar as restrições judiciais.

O julgamento do ex-presidente está marcado para 2 de setembro.

Com informações de Gazeta do Povo