O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), divulgou nota nesta quinta-feira (30) após a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, que resultou em mais de 100 mortos, dezenas de prisões e grande apreensão de armas e drogas.
No comunicado, Tarcísio afirmou que a crise de segurança pública “exige resposta coordenada e firme” e classificou a atuação do crime organizado como “o principal risco ao Brasil, maior até que o risco fiscal”.
Para o governador paulista, o episódio no Rio de Janeiro evidencia “um problema que, há décadas, só se agrava: o avanço do tráfico de drogas e a força de um poder paralelo que afronta a lei”. Ele rejeitou “soluções simplistas” e disse não ser admissível que cidadãos sejam forçados a abandonar suas casas ou negócios por ordem de criminosos.
Tarcísio também condenou a instalação de barricadas em comunidades dominadas por facções. “Não é aceitável a existência de barreiras que delimitam territórios onde traficantes se tornam soberanos, impondo e vendendo produtos e serviços que deveriam ser de livre escolha de qualquer pessoa”, declarou.
Ao defender responsabilização rigorosa dos envolvidos, o governador ressaltou que “não se pode imaginar que esses criminosos não sabem o que fazem ou que são vítimas da sociedade. Eles impõem o terror, atacam agentes de segurança, escravizam pessoas e levam dor a inúmeras famílias”.
Segundo ele, o combate ao crime organizado requer presença, integração, inteligência e coragem. Citando o teórico militar Carl von Clausewitz, afirmou que “uma guerra só é vencida quando o território é conquistado, o poder militar é destruído e a vontade é subjugada”.
Tarcísio questionou a fragilidade das fronteiras brasileiras: “As armas e drogas comercializadas no país, em sua grande maioria, não são produzidas aqui. Então, por onde entraram?” Ele defendeu ainda maior rigor contra lavagem de dinheiro e financiamento das facções, mencionando o setor de combustíveis e a necessidade de regras mais duras para devedores contumazes.
O governador paulista destacou que o enfrentamento ao crime depende de cooperação entre estados e União. “O que está em jogo é o próprio sentido de soberania. O Estado precisa retomar seu papel e devolver às pessoas o direito de viver com segurança e dignidade.”
Ao encerrar o pronunciamento, Tarcísio manifestou solidariedade ao governador do Rio, Cláudio Castro, às famílias dos policiais mortos na ação e à população afetada pela violência.
Com informações de Direita Online