O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou nesta segunda-feira (22) a corrupção investigada pela Operação Lava Jato nos governos federais anteriores a 2016 e atribuiu a ela o atraso nas obras do Rodoanel Norte. A declaração foi feita durante a entrega de um trecho do anel viário em Arujá, na região metropolitana da capital paulista.
Segundo o governador, o lote em questão estava previsto para ser licitado em 2012 e concluído em 2016, mas os trabalhos começaram apenas em 2014 e foram interrompidos em 2018, após problemas técnicos e falta de recursos das construtoras investigadas. “Sobre essa obra se abateu um grande problema, o problema da corrupção. Nós enfrentamos aqui, e vimos aqui, a Operação Lava Jato daqueles governos que se acostumaram com a corrupção. Por isso essa obra ficou parada”, afirmou.
Tarcísio ressaltou que a conclusão do Rodoanel virou promessa de campanha em eleições posteriores e disse que sua gestão busca demonstrar que é possível concluir grandes projetos “sem desvios de recursos, com trabalho e seriedade”. Ele também citou intervenções em andamento nos sistemas de metrô e mobilidade urbana do estado.
Menção a Bolsonaro
Ao comentar outras obras de infraestrutura, Tarcísio destacou melhorias na rodovia Presidente Dutra e lembrou que o contrato de concessão foi definido “na gestão do presidente Bolsonaro”. A referência ao ex-chefe do Executivo federal provocou gritos de “mito” do público presente; o governador fez uma pausa até o coro cessar.
O trecho entregue do Rodoanel Norte integra uma obra iniciada em 2014 que, quando finalizada, deve ligar as regiões oeste, leste e norte da Grande São Paulo, aliviando o tráfego de caminhões que atravessam a capital.
Com informações de Gazeta do Povo
