O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), intensificou nos últimos dias a articulação para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixe a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, e retome o regime de prisão domiciliar.
De acordo com a CNN Brasil, Tarcísio tem mantido contatos constantes com interlocutores próximos ao Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é convencer ministros de que o aliado político pode cumprir a pena fora do presídio, após ter sido detido preventivamente por violar a tornozeleira eletrônica.
Integrantes do Palácio dos Bandeirantes afirmam que o governador deve formalizar ainda esta semana um pedido oficial de visita a Bolsonaro na sede da PF. Um encontro solicitado pelo próprio ex-presidente havia sido cancelado anteriormente, mas aliados acreditam que Tarcísio insistirá para vê-lo pessoalmente.
Defesa insiste em prisão domiciliar
No fim de semana, os advogados de Bolsonaro protocolaram novo requerimento no STF para restabelecer a prisão domiciliar. A equipe alega que o ex-presidente apresenta comorbidades relacionadas às sequelas da facada sofrida em 2018 e que, recentemente, superou um surto provocado por interação inadequada de medicamentos usados contra crises de soluço.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, manteve a detenção preventiva. Em voto recente, o magistrado sustentou que Bolsonaro rompeu intencionalmente a tornozeleira eletrônica, justificando a permanência na carceragem da PF.
Pressão política e números do “dinheiro esquecido”
A movimentação de Tarcísio ocorre em meio à escalada de pressão política sobre a prisão de Bolsonaro, que reacendeu disputas internas na direita. Enquanto isso, dados do Banco Central apontam que os brasileiros já recuperaram R$ 455,68 milhões em valores esquecidos no sistema financeiro em 2024. Ao todo, foram devolvidos R$ 12,22 bilhões, mas ainda restam R$ 9,73 bilhões disponíveis para saque.
Detido desde a decisão do STF, Bolsonaro continua na Superintendência da PF aguardando novos desdobramentos judiciais. Segundo assessores, ele evita consumir a alimentação servida pela corporação.
Com informações de Direita Online