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Tarcísio afirma que proposta de redução de penas não agrada Bolsonaro após visita em Brasília

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Brasília — O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou nesta segunda-feira (29) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não se sente contemplado pelo projeto de lei que prevê apenas a redução de penas para condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e pela suposta tentativa de golpe de Estado.

A afirmação foi feita após Tarcísio deixar a residência do ex-mandatário, que cumpre prisão domiciliar. O governador permaneceu cerca de três horas no local, acompanhado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e pelo vereador Jair Renan (PL-SC).

Projeto substitui anistia ampla

O texto em discussão na Câmara, conhecido como “PL da dosimetria”, foi apresentado como alternativa à anistia ampla defendida por aliados de Bolsonaro. A urgência da proposta de anistia foi aprovada em 17 de setembro, mas o relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) já descartou o perdão total aos condenados.

“A redução de penas não satisfaz o presidente”, disse Tarcísio. Ele reiterou seu apoio à anistia “ampla, geral e irrestrita” como forma de “pacificar o país”. Segundo o governador, muitas pessoas presas “não sabiam o que estavam fazendo” durante a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

Condenação e possível redução

Na última sexta-feira (26), Paulinho da Força estimou que, caso o projeto avance, a pena de Jair Bolsonaro poderia ser reduzida de 7 a 11 anos. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão em regime inicial fechado. Outros sete integrantes do chamado “núcleo crucial” receberam sentenças semelhantes.

Perspectiva eleitoral

Tarcísio voltou a negar que disputará o Planalto em 2026. “Sou candidato à reeleição em São Paulo”, afirmou. Ainda assim, é apontado como principal nome da centro-direita para substituir Bolsonaro, que está inelegível. Na saída, Flávio Bolsonaro declarou que as siglas de centro-direita “estarão juntas de qualquer forma” na próxima eleição presidencial.

O governador relatou que Bolsonaro está emocionalmente abalado. “É muito triste ver o presidente na situação em que ele está; conversando, ele soluçava o tempo todo”, descreveu.

Com informações de Gazeta do Povo