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STF torna opcional depoimento de “Careca do INSS” e empresário na CPMI

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O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a ida de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS seja facultativa. A decisão, proferida neste sábado (13), altera o cronograma da comissão, que esperava ouvir Antunes na próxima segunda-feira (15) e Camisotti na quinta-feira (18).

Ambos foram presos pela Polícia Federal na sexta-feira (12) durante a Operação Cambota, desdobramento da Operação Sem Desconto, realizada em abril. O processo tramita sob sigilo no STF (PET 14.462).

Comissão anuncia recurso

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), informou que ingressará com mandado de segurança para derrubar a decisão. “É fundamental que eles compareçam para que possamos esclarecer, com mais rapidez, tudo o que aconteceu”, declarou. Segundo Viana, Antunes já havia sido intimado pela Polícia Legislativa.

O parlamentar disse respeitar a manifestação de Mendonça, mas a considerou “injustificável” e afirmou esperar que o Supremo imponha a obrigatoriedade do comparecimento.

Acusações e quebras de sigilo

Na quinta-feira (11), a CPMI aprovou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Antunes. Ele é apontado como operador de um esquema que pode ter desviado mais de R$ 6 bilhões de aposentados e pensionistas, atuando como lobista para credenciar entidades suspeitas e liberar descontos em folha de beneficiários do INSS.

Camisotti é investigado porque empresas ligadas a ele teriam relações com ao menos três associações que receberam recursos de forma irregular do INSS. Essas organizações teriam movimentado milhões de reais entre 2016 e 2024 em transações consideradas suspeitas.

Os depoimentos também podem esclarecer eventuais omissões do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT) durante o governo Lula, segundo interlocutores da comissão. Além de Antunes e Camisotti, a CPMI quebrou os sigilos do ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto e de 89 associações e entidades suspeitas.

Com informações de Gazeta do Povo