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STF impõe inelegibilidade de 8 anos pós-pena a Bolsonaro e aliados

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na noite de quinta-feira, 11 de setembro de 2025, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus permanecerão inelegíveis por oito anos após o cumprimento das penas impostas pelo próprio colegiado.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, além de multa, por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Segundo a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/2010), a restrição para concorrer a cargos eletivos passa a valer imediatamente e se estende até oito anos depois de concluída a pena, o que pode mantê-lo fora de disputas eleitorais por mais de três décadas.

A decisão também alcança:

  • tenente-coronel Mauro Cid;
  • deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ);
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

Os oito foram condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado.

Relator da ação, o ministro Alexandre de Moraes ressaltou que a inelegibilidade passa a valer a partir da data do julgamento. Ele determinou que a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, seja comunicada para adoção das providências cabíveis.

O voto de Moraes foi acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Único a divergir na discussão sobre a culpabilidade, o ministro Luiz Fux não se pronunciou sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa. As defesas ainda podem apresentar recursos.

Antes desta decisão, o TSE já havia declarado Bolsonaro inelegível até 2030 em dois processos diferentes. Com o novo veredicto do STF, o prazo agora dependerá da duração de sua pena de prisão acrescida de oito anos.

Com informações de Gazeta do Povo