A Polícia Federal passou a acompanhar e registrar detalhadamente todas as refeições enviadas ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro enquanto ele permanece detido na Superintendência da PF, em Brasília. A medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após pedido da defesa para que o ex-mandatário recebesse alimentação considerada especial.
No despacho, Moraes autorizou que as marmitas sejam entregues “por pessoa previamente cadastrada pela defesa do custodiado” e dentro do horário estabelecido pela corporação. Cabe à PF fiscalizar o conteúdo, anotar o que for entregue e manter registro de cada refeição.
Prisão preventiva mantida
Bolsonaro está preso desde sábado (22), quando sua prisão domiciliar foi convertida em preventiva depois que ele quebrou a tornozeleira eletrônica, gesto interpretado pelo STF como descumprimento das condições impostas anteriormente. Na terça-feira (25), o Supremo declarou o trânsito em julgado da ação que investigou a articulação golpista atribuída ao chamado “núcleo 1”, ao qual o ex-presidente foi incluído, e autorizou a execução imediata das penas. Com isso, Moraes determinou que Bolsonaro continue custodiado na unidade da PF para cumprir a condenação.
Preocupação da família
Familiares do ex-chefe do Executivo vinham relatando receios sobre a qualidade da comida oferecida na prisão. Segundo apuração da CNN Brasil, Michelle Bolsonaro manifestou preocupação ainda no sábado, citando crises de soluço e episódios de vômito enfrentados pelo marido. Na terça-feira, após visita ao pai, o senador Flávio Bolsonaro reforçou a inquietação: “Ele teve crise de soluço e fico preocupado por isso”, disse, acrescentando que a preferência da família é enviar as refeições para garantir a procedência dos alimentos.
Outras informações divulgadas
O mesmo boletim que trouxe a decisão sobre a alimentação mencionou ainda que brasileiros já recuperaram R$ 455,68 milhões em recursos esquecidos no sistema financeiro. No total, R$ 12,22 bilhões foram devolvidos a correntistas, restando R$ 9,73 bilhões disponíveis para saque.
Não há previsão de alteração das regras de custódia do ex-presidente até nova deliberação do STF.
Com informações de Direita Online