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STF decreta prisão de Bolsonaro e aumenta tensão entre Poderes

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Brasília — 26/11/2025, 01h03. O Supremo Tribunal Federal concluiu o processo sobre a suposta tentativa de golpe e determinou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ordem, assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, prevê cumprimento da pena em sala reservada na Polícia Federal, com plantão médico disponível.

Prisão e reações imediatas

A defesa de Bolsonaro informou que recorrerá, alegando irregularidades nos prazos para o trânsito em julgado. Também foram presos os generais Augusto Heleno e Paulo Nogueira, conduzidos ao Comando Militar do Planalto. Enquanto o ministro Gilmar Mendes declarou que o país vive “normalidade institucional”, apoiadores de direita classificaram a decisão como o “fim da democracia”.

Oposição articula anistia e indulto

Com a prisão, partidos de oposição intensificaram a campanha por anistia. O líder do PL na Câmara disse já dispor de votos suficientes para aprovar a proposta ainda nesta semana. No Senado, Ciro Nogueira (PP) condicionou o apoio de seu partido a qualquer candidato presidencial à concessão de indulto a Bolsonaro.

Governo Lula sofre derrotas no Congresso

O Senado aprovou por unanimidade uma chamada “pauta-bomba” que contraria o Planalto. A relação do governo com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, deteriorou-se, elevando o risco de novas derrotas. Paralelamente, o Conselho de Ética do União Brasil decidiu expulsar um ministro de Lula.

No mesmo dia, Moraes determinou a perda de mandato do deputado Alexandre Ramagem, considerado foragido. Motta afirmou que analisará a ordem e proibiu votos remotos de parlamentares que estejam no exterior.

Indicação de Messias ao STF enfrenta resistência

Escolhido por Lula para a vaga no Supremo, Jorge Messias terá sabatina em 10 de dezembro, marcada por Alcolumbre, que também avalia acelerar os ritos para dificultar a aprovação. A oposição resgatou parecer antigo de Messias sobre aborto e cogita convocá-lo a uma CPI para explicar suposta omissão da AGU em caso envolvendo o irmão do presidente. Em busca de apoio, o indicado teceu elogios públicos ao senador.

O cenário agrava a crise entre Executivo, Legislativo e Judiciário, com novos capítulos previstos nas próximas sessões do Congresso e nos recursos que serão apresentados ao STF.

Com informações de Gazeta do Povo