O Senado Federal confirmou nesta quinta-feira, 4 de setembro de 2025, o afastamento do senador Marcos do Val (Podemos-ES) por 116 dias para tratamento de saúde. O período de licença, homologado pela Junta Médica da Casa e aprovado pela Secretaria-Geral da Mesa, ficou abaixo do limite de 120 dias, dispensando a convocação do suplente.
Durante o afastamento, o parlamentar manterá o recebimento do salário e das verbas de gabinete. A autorização foi formalizada após um entendimento entre a direção do Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF), que resultou na flexibilização de medidas cautelares impostas anteriormente a Marcos do Val.
Investigado no STF por supostamente orquestrar uma campanha contra policiais federais responsáveis por inquéritos no Supremo e por participar de um plano para invalidar as eleições de 2022, o senador vinha cumprindo restrições determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes. As cautelares incluíam uso de tornozeleira eletrônica, bloqueio de contas e suspensão do acesso à remuneração parlamentar.
Na véspera do pedido de licença, Moraes revogou a tornozeleira, liberou o pagamento de salário e o uso das redes sociais — desde que não haja ataques ao Estado Democrático de Direito — e derrubou a obrigação de recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana. Permanecem vigentes a apreensão dos passaportes e a proibição de saída do país.

Imagem: Jeffers Rudy
Em nota, Marcos do Val afirmou ter solicitado a licença para acompanhar a mãe, que enfrenta tratamento contra o câncer, e o pai, submetido a cirurgia, além de dedicar mais tempo à filha adolescente.
Com informações de Gazeta do Povo