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Saúde frágil de Bolsonaro vira foco após prisão; Moraes nega domiciliar humanitária

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O quadro clínico do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou ao centro do debate neste sábado, 22 de novembro de 2025, depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou sua prisão preventiva por suposto risco de fuga e tentativa de violar a tornozeleira eletrônica. Na mesma decisão, Moraes rejeitou o pedido da defesa para convertê-la em prisão domiciliar por razões humanitárias.

Defesa aponta “doenças permanentes”

Os advogados afirmam que Bolsonaro apresenta “doenças permanentes” e sequelas “irreversíveis” relacionadas à facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018. Segundo a defesa, o tratamento adequado requer monitoramento permanente e acesso rápido a unidades hospitalares especializadas, condições que, na avaliação dos representantes do ex-presidente, não são possíveis no regime fechado.

Complicações digestivas constantes

O principal ponto de preocupação médica está no sistema digestivo. As múltiplas cirurgias abdominais deixaram aderências internas — cicatrizações que podem “colar” órgãos — e mantêm o risco contínuo de oclusão intestinal. Especialistas ouvidos pela defesa alertam que quadros desse tipo podem evoluir rapidamente para emergências cirúrgicas, exigindo resposta imediata.

Cuidados que exigem estrutura hospitalar

Pacientes com histórico semelhante precisam de fisioterapia respiratória intensiva, além de rígido controle nutricional e metabólico. A manutenção equilibrada de eletrólitos como sódio, potássio e magnésio é considerada crucial. Pequenas alterações nesses níveis podem provocar complicações cardíacas, renais ou neurológicas graves.

Risco de demora no atendimento

Médicos consultados pela defesa avaliam que sintomas aparentemente simples — como vômitos, diarreia ou dor abdominal — podem indicar emergência em um paciente com o histórico de Bolsonaro. Em um ambiente prisional, eventuais atrasos no diagnóstico e na transferência para um hospital podem agravar o quadro, mesmo que a obstrução intestinal não necessite de cirurgia imediata.

A decisão de Moraes mantém o ex-presidente no regime fechado enquanto prossegue a investigação sobre suposta tentativa de fuga, apesar dos argumentos médicos apresentados pelos advogados.

Com informações de Gazeta do Povo