O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, cancelou sua participação na comitiva brasileira que embarca neste domingo (22) para Nova York, onde ocorrerá a Assembleia Geral das Nações Unidas. A decisão foi tomada após o governo dos Estados Unidos conceder ao ministro um visto diplomático que limita sua circulação a apenas cinco quarteirões em Manhattan.
De acordo com protocolos de segurança norte-americanos aplicados a autoridades de países considerados hostis ou não cooperativos, Padilha só poderia se deslocar dentro de um perímetro restrito na ilha. Diante da restrição, o ministro optou por não acompanhar a agenda liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também suspendeu uma extensão da viagem a Washington, onde teria reunião com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
A ausência de Padilha representa a primeira baixa na delegação brasileira. Medidas semelhantes de limitação de mobilidade já foram adotadas por Washington contra representantes de Irã, Rússia, China, Coreia do Norte, Cuba e Venezuela.
Em resposta, o governo brasileiro levou o caso à Organização das Nações Unidas. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, informou ter acionado o secretário-geral António Guterres e a presidente da Assembleia Geral, Annalena Baerbock, solicitando intervenção contra as restrições impostas ao chefe da Saúde.
Haddad também opta por não viajar
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, igualmente decidiu não seguir para Nova York, embora tenha recebido visto norte-americano sem limitações. Segundo a pasta, Haddad preferiu manter compromissos internos no Brasil.
Com informações de Direita Online