A Polícia Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal um relatório sobre a operação de 18 de julho na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. O documento detalha que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi advertida por agentes por não acatar imediatamente as orientações durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão.
A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes dentro do inquérito que investiga possíveis crimes de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e atentado contra a soberania nacional. Nesse mesmo procedimento, Jair Bolsonaro foi indiciado pela PF.
Segundo o relatório, os policiais chegaram ao condomínio por volta das 7h15. O primeiro contato ocorreu com um segurança, que telefonou para Michelle Bolsonaro. Após alguns minutos, o ex-presidente apareceu e abriu a porta, permitindo a entrada da equipe.
Os agentes relataram que Jair Bolsonaro acompanhou toda a diligência. Já Michelle, de acordo com o documento, inicialmente se mostrou reticente e só passou a colaborar após sucessivas advertências.
Durante a busca, foram apreendidos aproximadamente US$ 14 mil em espécie guardados na residência. Na mesma data, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na sede nacional do PL, também na capital federal.
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As medidas fizeram parte de uma ofensiva mais ampla, que impôs ao ex-presidente restrições cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e nos fins de semana, além da proibição de contato com determinadas pessoas.
O relatório lembra ainda que, em 4 de agosto, após supostos descumprimentos dessas condições, Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e a apreensão de seu celular para auxiliar nas investigações.
Com informações de Direita Online
