Designado para elaborar o parecer do projeto que trata de uma possível anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) declarou que o texto não incluirá perdão irrestrito e nem será construído para beneficiar individualmente o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Não posso salvar o Bolsonaro. Não consigo tentar salvar individualmente”, afirmou o parlamentar em entrevista ao jornal O Globo. O projeto tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados.
Busca por consenso
Paulinho disse que pretende preparar um relatório capaz de “agradar a maioria” e promover a pacificação política. Para isso, vai consultar bancadas, líderes partidários e, se necessário, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Tenho algumas ideias, mas não dá para falar antes de ouvir ninguém”, justificou, indicando que eventuais reduções de pena estão entre as medidas em análise.
Sem benefícios individuais
O relator reforçou que o texto será amplo, sem direcionamento específico. “Se Bolsonaro for beneficiado, muito bem; se não for, também”, resumiu.
Diálogo com outros Poderes
Segundo o deputado, conversas com o STF ocorrerão apenas se houver “estremecimento” entre os Poderes. Ele ressaltou sua relação com o ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “guardião da democracia”.
Articulação com governadores
Entre as consultas previstas, Paulinho pretende ouvir governadores considerados estratégicos, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), para ampliar o apoio no Congresso.
“Projeto de pacificação”
O parlamentar rechaça o rótulo de “anistia ampla” e prefere chamar a proposta de “projeto de pacificação do país”. A ideia, diz ele, é conciliar punição a quem cometeu crimes com a estabilidade política após a condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Paulinho da Força deve concluir as rodadas de conversas no início da próxima semana, antes de apresentar o relatório final ao plenário.
Com informações de Direita Online