O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes voltou atrás, nesta sexta-feira (10), e restabeleceu a equipe de defesa do ex-assessor presidencial Filipe Martins, que havia sido afastada anteriormente. A decisão alimentou uma série de manifestações de parlamentares e apoiadores de Martins nas redes sociais, que acusam o magistrado de abuso de poder.
A polêmica ganhou força após a Alfândega dos Estados Unidos confirmar que a prisão de Martins se baseou em um registro de entrada no país considerado falso. O documento foi usado como fundamento para a ordem de prisão.
Parlamentares reagem
Entre os críticos mais contundentes está o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), que afirmou ter denunciado o uso de documentação falsa na tribuna da Câmara. “Em vez de investigar a denúncia, a Polícia Federal do Lula me perseguiu, investigou e indiciou. Nada como um dia após o outro: a verdade sempre aparece!”, escreveu o parlamentar em sua conta no X (antigo Twitter).
O advogado de Martins, Jeffrey Chiquini, publicou vídeo na mesma rede social sugerindo que autoridades brasileiras podem enfrentar consequências criminais nos Estados Unidos. “Vem aí prisão para autoridades brasileiras que usaram documento falso para prender Filipe Martins”, declarou.
O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) apontou o que chamou de “prova do abuso de autoridade” cometido pela Polícia Federal e pelo STF. Já a deputada Carol de Toni (PL-SC) destacou que Martins está afastado da família há mais de 600 dias, “sem sentença, sem provas” e agora, até então, sem advogados.
Também nas redes, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que Moraes “sabia que a decisão era ilegal, abusiva e autoritária” e, por isso, recuou.
Com informações de Gazeta do Povo