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Deputado Ramagem desafia Moraes e afirma que extradição dependerá de juiz federal nos EUA

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Brasília – Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos de prisão por participação na suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) publicou um vídeo nas redes sociais, neste fim de semana, desafiando o ministro Alexandre de Moraes a encaminhar aos Estados Unidos o pedido de extradição.

Ramagem está em território norte-americano desde setembro de 2025 e é considerado foragido pela Justiça brasileira. Segundo o parlamentar, ele só retornará ao Brasil se o processo for analisado por um juiz federal dos EUA. “Se o Alexandre de Moraes quiser trazer algum pedido para a minha extradição, ele vai ter que remeter para análise de um juiz federal americano toda a ação do golpe que me envolve”, declarou.

Prisão determinada pelo STF

A ordem de prisão foi expedida por Moraes após solicitação da Polícia Federal, que investiga como o deputado deixou o país. Ramagem não tinha autorização judicial para viajar nem foi designado pela Câmara dos Deputados para missão oficial. O Legislativo informou que o parlamentar apresentou atestados médicos cobrindo o período entre setembro e dezembro.

Apoio político nos Estados Unidos

No vídeo, o deputado afirma que sua permanência nos EUA ocorre “sob anuência e conhecimento das autoridades americanas” e que se sente protegido pelo governo do ex-presidente Donald Trump. Ele classificou as decisões do STF como “juristocracia” e “arbitrariedade”.

Trâmites para extradição

Para solicitar a devolução do foragido, o STF precisa acionar o Executivo brasileiro, responsável pelos procedimentos diplomáticos com Washington. A decisão final caberá ao governo de Trump. Em situação semelhante, em 2021, os EUA negaram a extradição do jornalista Allan dos Santos, alegando que os crimes de calúnia, injúria e difamação não se enquadram no tratado bilateral.

Ramagem sustenta que permanecerá nos Estados Unidos “com tranquilidade e respaldo político” enquanto a Justiça brasileira não submeter o caso a um tribunal norte-americano.

Com informações de Gazeta do Povo