São Paulo — Deputados das federações PT-PCdoB-PV e PSOL-Rede protocolaram nesta terça-feira (9) um pedido de impeachment do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por suposto crime de responsabilidade.
O documento foi assinado pelos líderes Antonio Donato (PT) e Guilherme Cortez (PSOL) e entregue ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), responsável por decidir se a denúncia será admitida.
Acusações
Segundo os parlamentares, o governador utilizou recursos públicos e o prestígio do cargo para hostilizar o Supremo Tribunal Federal (STF). A peça cita viagens a Brasília, pagas pelo erário paulista e realizadas em dias sem agenda oficial, nas quais Tarcísio teria buscado apoio à anistia de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Como principal evidência, são mencionadas declarações do chefe do Executivo paulista no ato de 7 de Setembro, quando chamou o ministro Alexandre de Moraes de “ditador” e endossou gritos de “fora Moraes”. Para a oposição, o discurso configurou ataque ao livre exercício do Judiciário, afronta à Constituição e desvio de finalidade administrativa.
Histórico na Alesp
Este é o terceiro pedido de impedimento apresentado contra Tarcísio em 2025. Os dois anteriores, protocolados pelo PSOL, foram rejeitados por André do Prado em 28 de agosto sob a alegação de inexistência de elementos que caracterizassem crime de responsabilidade.
Imagem: Reprodução
Em uma das denúncias arquivadas, o partido apontou suposto apoio do governador a tarifas de 50% anunciadas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Na outra, citou manifestações de Tarcísio nas redes sociais e participações em atos públicos em defesa de Bolsonaro.
Próximos passos
Cabe agora ao presidente da Alesp decidir se o novo pedido seguirá para análise da Casa. A defesa de Tarcísio de Freitas ainda não se manifestou sobre a acusação.
Com informações de Gazeta do Povo