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Presidente do INSS afasta diretora por ligação com ex-comandante preso em esquema bilionário

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Brasília – O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller, solicitou ao Ministério da Previdência o afastamento da diretora de Tecnologia da Informação, Léa Bressy Amorim, alegando “proximidade pessoal” dela com o ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, preso preventivamente pela Polícia Federal há uma semana.

O pedido foi formalizado em ofício protocolado nesta quarta-feira (19). No documento, Waller afirma que a medida é necessária para resguardar a imagem do instituto e garantir “apoio irrestrito” às investigações sobre o esquema que desviou recursos de aposentados e pensionistas.

Ligação com investigado

Léa Bressy ocupou interinamente a presidência do INSS por sete dias, logo após a demissão de Stefanutto em abril deste ano, determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). À época, o então ministro da Previdência, Carlos Lupi, defendia a permanência de Stefanutto até a conclusão das apurações.

Stefanutto foi exonerado poucas horas depois da deflagração da Operação Sem Desconto, que apura a cobrança irregular de mensalidades associativas de aposentados e pensionistas. Segundo a Polícia Federal, o esquema teria movimentado aproximadamente R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, envolvendo 11 entidades.

Prisão e defesa

Na semana passada, Stefanutto foi preso preventivamente sob suspeita de participação direta nas fraudes. A defesa classificou a ordem de prisão como “completamente ilegal” e alegou que o ex-presidente não prejudicou as investigações, colaborando desde o início.

Reflexos no Congresso

A Operação Sem Desconto também motivou a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Em depoimento à comissão, Stefanutto declarou ter adotado todas as providências necessárias para interromper os descontos não autorizados.

Filiado ao PDT desde o início do ano, após deixar o PSB, o ex-presidente foi indicado ao cargo pelo então ministro Carlos Lupi e integrou a equipe de transição governamental em 2022.

Até o momento, o Ministério da Previdência não se pronunciou sobre o pedido de afastamento de Léa Bressy Amorim.

Com informações de Gazeta do Povo