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Pré-candidatura de Flávio Bolsonaro provoca reação de ex-aliados e expõe racha na direita

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Brasília — 6 de dezembro de 2025. A escolha do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como nome do ex-presidente Jair Bolsonaro para disputar a eleição de 2026 desencadeou uma série de críticas de antigos bolsonaristas, que preveem prejuízos eleitorais para a direita.

A decisão foi anunciada pelo ex-chefe do Executivo na sexta-feira (5). Desde então, figuras que já integraram a base bolsonarista — como Janaina Paschoal, Joice Hasselmann, Otoni de Paula, Alexandre Frota e o pastor Silas Malafaia — se manifestaram publicamente.

Janaina Paschoal

A ex-deputada estadual publicou na rede X que lançar Flávio “vai aniquilar a direita novamente” e pediu que lideranças partidárias “barrem essa insanidade”. Um dia antes, ela havia elogiado a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro por, segundo a jurista, ter “construído seu espaço” próprio na política.

Joice Hasselmann

Ex-líder do governo na Câmara, Joice ironizou o anúncio em vídeo. Para ela, a “extrema-direita bolsonarista” coloca a vitória “no colo de Lula” ao indicar o senador. “Flávio Bolsonaro jamais será eleito”, afirmou, citando processos e investigações envolvendo o parlamentar.

Otoni de Paula

O deputado federal e pastor declarou da tribuna da Câmara que se arrependeu de ter tratado Jair Bolsonaro como “mito”. Em suas redes, responsabilizou Flávio por supostamente ter “enterrado” a CPI da Lava Toga e concluiu: “Nunca foi pelo Brasil, sempre foi pelo umbigo da família Bolsonaro”.

Alexandre Frota

O ex-deputado e ator classificou a possível candidatura como “piada”. Em vídeo, comparou Flávio ao humorista Tiririca e previu que o senador ficaria “em quinto lugar” na disputa pelo Planalto.

Silas Malafaia

Considerado aliado de Bolsonaro, o pastor não declarou apoio nem fez críticas diretas, mas escreveu no X: “A QUEM INTERESSAR: o amadorismo da direita faz a esquerda dar gargalhadas”. A postagem foi interpretada como desaprovação ao movimento.

O anúncio de Flávio ocorre em meio às tentativas do grupo bolsonarista de reunificar a direita antes de 2026. Pesquisas de intenção de voto e movimentações partidárias já monitoram o impacto da escolha.

Com informações de Gazeta do Povo