Brasília – A executiva nacional do Progressistas (PP) decidiu nesta quarta-feira, 8 de outubro de 2025, afastar o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), de todas as instâncias partidárias. A medida foi tomada depois de o ministro se recusar a deixar o cargo e declarar apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026.
Em nota à imprensa, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), informou que a punição se deve ao “descumprimento de orientação da Executiva Nacional”. O partido havia dado, em setembro, um ultimato para que Fufuca abandonasse a Esplanada. O ministro ainda não se pronunciou sobre o afastamento.
Além do corte nas atividades internas, a direção nacional instaurou intervenção no diretório estadual do Maranhão, retirando Fufuca da presidência local da legenda. “O Progressistas não faz e não fará parte do atual governo, com o qual não tem identidade ideológica ou programática”, afirmou Nogueira.
Declaração ao lado de Lula precipitou crise
A tensão aumentou depois de Fufuca participar, na segunda-feira (6), de um evento com Lula em Imperatriz (MA). No palanque, o ministro disse que “em 2026, minha alma, meu coração e minha força de vontade estarão livres para ajudar Luiz Inácio Lula da Silva a ser presidente do Brasil”. Ele admitiu ter cometido “erro” ao não apoiar o petista em 2022.
Fufuca ingressou no governo em 2023, durante negociações para ampliar a base de Lula no Congresso. Mesmo assim, a maioria do PP manteve-se na oposição, liderada por Ciro Nogueira, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em 2024, Progressistas e União Brasil formaram uma federação e determinaram que seus filiados deixassem cargos no Executivo federal.
No mesmo ato em Imperatriz, Fufuca elogiou programas sociais do terceiro mandato de Lula e disse sentir-se “honrado” por integrar a equipe ministerial.
Com o afastamento, Fufuca perde a vice-presidência nacional do PP e o comando do diretório maranhense, mas permanece à frente do Ministério do Esporte.
Com informações de Gazeta do Povo
