A Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou a manutenção da prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022.
O parecer, assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 1º de setembro. No documento, Gonet se posiciona contra o mais recente pedido de liberdade apresentado pela defesa e afirma que não surgiram fatos novos capazes de alterar a situação processual do militar.
Braga Netto está detido desde dezembro de 2024, acusado de tentar obstruir as investigações sobre a suposta tentativa de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Polícia Federal o aponta como um dos principais integrantes do núcleo que teria articulado um golpe de Estado.
O general é réu em ação penal que começa a ser julgada pelo STF nesta terça-feira (2). O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, já havia negado pedidos anteriores de soltura, citando indícios da participação de Braga Netto nas articulações golpistas.
Imagem: Cristiano Maia
No novo recurso, a defesa afirma que faltam fundamentos concretos para a prisão preventiva, alega violação do princípio da isonomia em relação a Jair Bolsonaro — que responde em liberdade — e classifica a justificativa de Moraes como inadequada. A PGR, entretanto, sustenta que a custódia é necessária para evitar possível interferência nas investigações.
Com informações de Gazeta do Povo
