Deputados e senador do Partido Liberal (PL) reagiram nesta quarta-feira (22.out.2025) à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a reabertura de uma investigação contra o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.
Reações na Câmara e no Senado
Líder do PL na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) declarou que “todas as decisões do partido foram conduzidas de forma transparente e democrática, sempre para fortalecer a segurança e a confiabilidade do sistema eleitoral”, reafirmando apoio a Valdemar.
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) classificou a medida como “perseguição inaceitável” e argumentou que “questionar, propor melhorias e buscar mais transparência no processo eleitoral não é crime, é um direito democrático”.
Também integrante da bancada fluminense, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) criticou o que chamou de criminalização do questionamento das urnas eletrônicas.
No Senado, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a retomada do inquérito é “apenas uma desculpa para alcançar o objetivo de cassar o registro do PL” e defendeu a aprovação de uma anistia como forma de interromper condenações relacionadas ao tema.
Origem da investigação
O inquérito foi inicialmente aberto após o PL protocolar, em 2022, representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo verificação das urnas eletrônicas usadas no primeiro turno das eleições presidenciais daquele ano. À época, Alexandre de Moraes, então presidente do TSE, ordenou que o partido incluísse também o segundo turno no pedido. Com a negativa, aplicou à legenda multa de quase R$ 23 milhões por litigância de má-fé, entendendo a iniciativa como tentativa de anular apenas votos considerados “indesejados”.
Agora, a investigação pode ligar Valdemar Costa Neto às denúncias contra grupos acusados de conspirar para desacreditar a Justiça Eleitoral e obter apoio popular para uma ruptura institucional, hipótese mencionada por Moraes em seu despacho.
A decisão do ministro ainda será analisada pelos demais membros do STF, mas já mobiliza a bancada do PL no Congresso Nacional.
Com informações de Gazeta do Povo