A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nota de solidariedade à professora Melina Girardi Fachin, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, agredida na sexta-feira, 12 de setembro de 2025, ao deixar o prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), no centro de Curitiba.
De acordo com o advogado Marcos Rocha Gonçalves, marido de Melina, um homem ainda não identificado cuspiu na docente e proferiu o insulto “lixo comunista”. A vítima é diretora do Setor de Ciências Jurídicas da universidade.
Em nota assinada pelo presidente da OAB, Beto Simonetti, e pela presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da entidade, Silvia Souza, a Ordem classificou o ataque como “afronta aos valores essenciais da vida democrática” e destacou que o ambiente acadêmico deve ser preservado de “violência, intolerância ou tentativas de silenciamento”.
UFPR discutirá caso em conselho
A reitoria da UFPR informou que o episódio será tratado na reunião do Conselho de Planejamento e Administração (Coplad) marcada para a próxima terça-feira, 16 de setembro.
Conflito após evento cancelado
A agressão ocorreu poucos dias depois de estudantes bloquearem o acesso à Faculdade de Direito, na terça-feira, 9 de setembro, para impedir a realização do seminário “Como o STF tem alterado a interpretação constitucional?”. O evento foi cancelado pela universidade, mas a tentativa de entrada do vereador Guilherme Kilter (Novo-PR) e do advogado Jeffrey Chiquini provocou tumulto, exigindo escolta policial.
Trajetória acadêmica
Formada em Direito pela UFPR em 2005, Melina Fachin possui especializações na França e em Portugal, além de mestrado e doutorado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Com informações de Gazeta do Povo
