Home / Política / Partido Novo coloca 67% de seus parlamentares na CPMI do INSS e anuncia fiscalização rigorosa

Partido Novo coloca 67% de seus parlamentares na CPMI do INSS e anuncia fiscalização rigorosa

ocrente 1756605474
Spread the love

Com apenas cinco deputados federais e um senador em exercício, o Partido Novo conquistou três cadeiras de titulares e uma de suplente na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A distribuição significa que 67% da bancada estará diretamente envolvida na investigação instalada no Congresso Nacional.

Os titulares são o senador Eduardo Girão (CE) e os deputados Adriana Ventura (SP) e Marcel van Hattem (RS), líder do partido na Câmara. O deputado Luiz Lima (RJ) foi designado suplente. Os demais membros da legenda, Gilson Marques (SC) e Ricardo Salles (SP), não integram a comissão.

A CPMI conta com 31 parlamentares e é presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), enquanto a relatoria está a cargo do deputado Alfredo Gaspar (União-AL). A oposição controla os principais postos de comando.

Partido fala em “fiscalização implacável”

O presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro, classificou a participação como sinal de prestígio e afirmou que a legenda pretende promover uma investigação “sem blindagens políticas”. Para ele, o trabalho da CPMI pode influenciar o cenário eleitoral de 2026, dependendo dos resultados obtidos.

Atuação técnica e independente, diz van Hattem

Líder da bancada, Marcel van Hattem declarou que os parlamentares do Novo farão um trabalho “técnico, sereno e independente”, disposto a apurar denúncias desde o segundo mandato de Dilma Rousseff até o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, a legenda busca responsabilizar todos os envolvidos em desvios nos benefícios de aposentados e pensionistas.

Girão: “conquista para a sociedade”

O senador Eduardo Girão ressaltou que o partido, identificado como independente, pretende garantir investigação rigorosa e imparcial. “Estamos comprometidos com apuração sem poupar ninguém”, afirmou.

Fraudes de R$ 6,3 bilhões em foco

No centro das apurações está um esquema que, de acordo com a Polícia Federal, desviou cerca de R$ 6,3 bilhões do INSS entre 2019 e 2024. Aproximadamente 60% dos valores teriam sido movimentados por entidades sindicais e associações durante o atual governo, aumentando a repercussão política do caso. A oposição pretende aprovar convites, quebras de sigilo e outras diligências já nas primeiras semanas de trabalho.

Quem representa o Novo na CPMI

  • Eduardo Girão (senador-CE): empresário, destacou-se em comissões de inquérito anteriores, como a da Covid.
  • Adriana Ventura (deputada-SP): economista e professora, atuou na CPI da Covid e é defensora da transparência nos gastos públicos.
  • Marcel van Hattem (deputado-RS): jornalista e cientista político, conhecido por defender liberalismo econômico e responsabilidade fiscal.
  • Luiz Lima (deputado-RJ, suplente): ex-nadador olímpico, atua em pautas de esporte, educação e combate à corrupção.

A CPMI do INSS começou os trabalhos em 30 de agosto de 2025 e deve avançar sobre servidores, empresas e entidades suspeitas de envolvimento nos descontos irregulares aplicados a aposentados e pensionistas.

Com informações de Gazeta do Povo