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MP-SP atribui ao PCC assassinato de ex-delegado-geral e denuncia oito suspeitos

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São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou nesta sexta-feira, 21 de novembro de 2025, oito pessoas pelo homicídio de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil, morto em 15 de setembro, em Praia Grande (SP). De acordo com a acusação, a ordem para executar o policial partiu da cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Os denunciados responderão por homicídio qualificado, duas tentativas de homicídio, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, favorecimento pessoal e participação em organização criminosa armada.

Planejamento desde março

Investigação conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) indica que a preparação do ataque começou em março, com roubo de veículos, compra de armas e aquisição de imóveis usados como apoio logístico. No dia do crime, Fontes foi emboscado na saída da prefeitura de Praia Grande e alvejado com dezenas de disparos de fuzil. Na fuga, os criminosos queimaram um dos carros utilizados.

Vítimas colaterais e mortes durante a apuração

Além do ex-delegado, duas pessoas que passavam pelo local foram atingidas e motivaram as tentativas de homicídio incluídas na denúncia. Um dos investigados, Umberto Alberto Gomes, conhecido como “Playboy”, morreu em 30 de setembro ao resistir à prisão; material genético dele foi encontrado em duas casas usadas na preparação do atentado.

Suspeitos foragidos

A Polícia Civil concluiu o inquérito no dia 15 e vinculou 14 pessoas ao ataque, direta ou indiretamente. Um quarto ocupante de um dos veículos ainda não foi formalmente identificado. Pelo menos dois supostos coautores permanecem foragidos. Outros cinco indiciados são apontados como responsáveis pela logística, todos ligados ao PCC.

Segundo o DHPP, a primeira fase da investigação foi encerrada para garantir o indiciamento e a manutenção das prisões temporárias dos suspeitos diretamente envolvidos na execução.

Com informações de Gazeta do Povo