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Moraes pede absolvição de general por falta de provas no caso do núcleo 3

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Brasília — 18 de novembro de 2025. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira (18) pela absolvição do general da reserva Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, denunciado no chamado núcleo 3 da suposta tentativa de golpe de Estado.

Moraes invocou o princípio in dubio pro reo (na dúvida, a decisão deve favorecer o acusado) ao afirmar que apenas duas provas constam nos autos: a delação premiada de um colaborador e uma mensagem enviada pelo próprio delator. Para o ministro, esses elementos, por si só, não sustentam uma condenação.

“Há fortes indícios, mas a condenação seria baseada exclusivamente em provas produzidas pelo colaborador”, declarou Moraes ao apresentar seu voto, o primeiro pela absolvição entre todos os julgados dos diferentes núcleos.

Reunião com Bolsonaro não foi comprovada

No voto, Moraes mencionou encontro entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Theophilo. Segundo o ministro, apenas os dois participaram da conversa e ambos negam ter tratado de minuta golpista ou qualquer tema ligado à ruptura institucional.

Pena reduzida para outros réus

Durante o mesmo julgamento, Moraes já havia reclassificado as acusações contra dois militares:

  • Tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior — de organização criminosa para incitação ao crime.
  • Coronel Márcio Nunes de Resende Júnior — acrescentado ao pedido da Procuradoria-Geral da República, teve a conduta enquadrada em associação criminosa, penalidade menor que a de organização criminosa.

Demais réus do núcleo 3

Além de Theophilo, Ronald e Márcio, respondem no núcleo 3:

  • Coronel Bernardo Romão Corrêa Netto;
  • Coronel Fabrício Moreira de Bastos;
  • Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima;
  • Tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira;
  • Tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo;
  • Tenente-coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros;
  • Agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares.

O julgamento prossegue no STF, aguardando os votos dos demais ministros.

Com informações de Gazeta do Povo