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Moraes exclui prova não anexada pela PGR, mantém julgamento do “núcleo 4” no STF

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Brasília – O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal do chamado “núcleo 4” no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (21) que desconsiderará uma prova citada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) mas ausente nos autos. Segundo o magistrado, a referência será retirada do processo para não causar prejuízo às defesas, sem anular a ação.

“A menção não pode prejudicar a defesa; excluí dos autos e ela não integrará a fundamentação”, declarou Moraes durante a leitura do voto.

Contexto do processo

O núcleo 4 responde por suposta participação em tentativa de golpe de Estado e disseminação de informações falsas sobre as urnas eletrônicas, com o objetivo de angariar apoio popular a uma ruptura institucional. Os réus são:

  • Ailton Moraes Barros, ex-major do Exército;
  • Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército;
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal;
  • Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército;
  • Guilherme Almeida, tenente-coronel do Exército;
  • Marcelo Bormevet, agente da Polícia Federal;
  • Reginaldo Abreu, coronel do Exército.

Referência ao núcleo 1

Moraes recordou que a Primeira Turma do STF já condenou, no mês passado, os cinco integrantes do núcleo 1 – entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sentenciado a 27 anos de prisão. Para o ministro, a materialidade dos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado foi confirmada naquele julgamento.

No voto desta terça, o relator voltou a apontar Bolsonaro como líder da suposta organização criminosa e disse que, agora, o foco é apurar se os integrantes do núcleo 4 formaram uma “milícia digital” destinada a desacreditar o sistema eleitoral e atacar autoridades, especialmente ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O julgamento prossegue na Primeira Turma, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

Com informações de Gazeta do Povo