O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou nesta quinta-feira (4 de dezembro de 2025) que a Primeira Turma da Corte marque o julgamento dos cinco réus acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018, no Rio de Janeiro.
Cabe ao presidente do colegiado, ministro Flávio Dino, indicar o dia da sessão. A previsão é de que o julgamento fique para 2026, já que o Judiciário entra em recesso em 19 de dezembro.
Respondem ao processo:
- Chiquinho Brazão, ex-deputado federal, e Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro – apontados como possíveis mandantes;
- Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil fluminense – acusado de planejar o atentado;
- Ronald Paulo Alves Pereira, o “Major Ronald”, ex-policial militar – suspeito de monitorar a rotina da vereadora e repassar informações para a execução;
- Robson Calixto, o “Peixe”, também ex-PM e ex-assessor de Domingos Brazão – acusado de intermediar o contato entre mandantes e executores.
Todos os réus negam participação no crime.
Em outubro de 2024, o ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou a execução de Marielle e Anderson, foi condenado pelo 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro a 78 anos e 9 meses de prisão. Outro ex-PM, Élcio Queiroz, recebeu pena de 59 anos e 8 meses. Ambos firmaram acordos de delação premiada, e Lessa apontou os supostos mandantes e a motivação do crime.
Com informações de Gazeta do Povo