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Moraes cobra defesa de Bolsonaro sobre uso de celular por Nikolas Ferreira em visita domiciliar

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira, 26 de novembro de 2025, que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresente, em até 24 horas, explicações a respeito do suposto uso de celular pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) durante visita realizada quando Bolsonaro cumpria prisão domiciliar.

No despacho, Moraes lembrou que havia autorizado a visita em decisão de 11 de novembro, marcada para 21 de novembro, condicionando o encontro ao cumprimento rigoroso das regras já impostas ao ex-mandatário. Segundo o ministro, imagens exibidas pelo Jornal Nacional mostraram Bolsonaro e o parlamentar conversando na área externa da residência enquanto Nikolas utilizava o aparelho.

A eventual infração, destacou o magistrado, deve ser esclarecida pela equipe jurídica do ex-presidente, sob pena de descumprimento das determinações judiciais que vigoravam durante a custódia domiciliar.

Reações e novos pedidos de investigação

No domingo, 23 de novembro, Nikolas Ferreira afirmou, em publicação na rede social X, que não recebeu qualquer orientação das autoridades sobre restrições ao uso de telefone durante a visita. No mesmo dia, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou no STF um pedido de investigação, alegando que o parlamentar teria auxiliado Bolsonaro a violar as condições impostas pela Justiça.

Contexto da prisĂŁo

Ferreira foi um dos últimos visitantes do ex-chefe do Executivo antes da ordem de prisão preventiva expedida por Moraes, no dia 22, após Bolsonaro romper a tornozeleira eletrônica. O ministro avaliou o ato como indicativo de risco de fuga. Na terça-feira, 25 de novembro, o ex-presidente passou a cumprir pena de 27 anos e três meses de reclusão por liderar uma tentativa de golpe de Estado.

As explicações da defesa devem ser entregues ao Supremo até o fim do prazo estabelecido; depois disso, Moraes decidirá se abre nova investigação ou aplica eventuais sanções.

Com informações de Direita Online