Brasília, 1.º de dezembro de 2025 – A ex-primeira-dama e presidente nacional do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, rejeitou publicamente qualquer tentativa de articulação da direita com o ex-ministro Ciro Gomes (PSDB). A manifestação ocorreu durante o evento de lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo-CE) ao governo do Ceará.
Diante do público, Michelle pediu silêncio e afirmou: “Eu adoro o André, mas fazer aliança com o homem que é contra o maior líder da direita? Isso não dá”. Em seguida, prometeu mobilização para eleger Girão e acrescentou: “Sou cristã, não vou negociar meus valores, custe o que custar”.
O advogado Sebastião Coelho, também presente, ecoou a crítica e disse que Ciro “pode ser candidato, mas não tem o direito de dizer que representa a direita”.
André Fernandes diz que recebeu aval de Bolsonaro
Apontado como principal articulador desse diálogo com Ciro, o deputado federal André Fernandes (PL-CE) rebateu as declarações de Michelle. Em entrevista após o ato, ele relatou que a iniciativa teria sido autorizada pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. “No dia 29 de maio, ele pediu para ligarmos para Ciro Gomes no viva-voz e ficou acertado que apoiaríamos o Ciro”, afirmou o parlamentar.
Embora ainda falte quase um ano para a eleição estadual, o cenário no Ceará já conta com outros nomes em destaque. O atual governador, Elmano de Freitas (PT), pode tentar a reeleição, enquanto o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio deixou o PDT e também avalia entrar na disputa.
Caravana política de Michelle
Desde o início de 2025, Michelle Bolsonaro tem percorrido vários estados para fortalecer candidaturas do PL ao Senado e aos governos estaduais. Considerada uma possível substituta de Jair Bolsonaro na corrida presidencial de 2026, ela também é cotada para compor chapa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Apesar das especulações, Tarcísio reitera sua intenção de disputar a reeleição no Palácio dos Bandeirantes, apoiado pelo PSD de Gilberto Kassab caso decida concorrer ao Planalto.
Com informações de Gazeta do Povo
