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Megaoperação com 119 mortos no Rio provoca embate entre STF, Planalto e governo estadual

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Uma ação policial de grande porte no Rio de Janeiro resultou na confirmação de 119 mortos e originou, em menos de 24 horas, uma crise entre o governo fluminense, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. A operação, direcionada contra a facção Comando Vermelho, foi defendida pelas autoridades estaduais como reação à morte de agentes de segurança.

STF cobra explicações

Relator da ADPF das Favelas, o ministro Alexandre de Moraes determinou que o governador Cláudio Castro e os chefes das Polícias Civil e Militar forneçam detalhes circunstanciados da ofensiva. A medida inclui a entrega de relatórios sobre planejamento, execução e resultados da operação.

Críticas no Executivo federal

O ministro da Justiça, Flávio Dino, classificou a ação como “terrível”, e o ministro do STF Gilmar Mendes a descreveu como “trágica”. O Partido Socialista Brasileiro (PSB) levou ao Supremo indícios de tortura e execuções. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva só se manifestou após mais de um dia de repercussão, enquanto o recém-empossado ministro Guilherme Boulos pediu um minuto de silêncio pelas vítimas.

Tática do “Muro do Bope”

Segundo a Polícia Civil, a estratégia utilizada concentrou os confrontos em área de mata, recurso apelidado de “Muro do Bope”. A corporação afirmou que a resposta foi “à altura” após a morte de policiais em ações anteriores.

Parceria contra crime organizado

Em meio à tensão institucional, o ministro da Justiça substituto, Ricardo Lewandowski, e o governador Cláudio Castro anunciaram a criação de um escritório conjunto para enfrentamento ao crime organizado. Apesar do avanço do debate no Congresso, integrantes do governo federal descartaram classificar facções como organizações terroristas.

Com informações de Gazeta do Povo